22 set, 2014

A Copa e os engenheiros de ponte construída

A eliminação traumática do Brasil na semifinal de nossa Copa diante da Alemanha fez aparecerem dezenas de engenheiros de ponte construída. Foi patético ver, na semana seguinte à derrota, a enorme quantidade de artigos de jornais com dezenas de explicações para nosso insucesso e para a vitória dos germânicos. A questão fundamental que fica diante […]

A eliminação traumática do Brasil na semifinal de nossa Copa diante da Alemanha fez aparecerem dezenas de engenheiros de ponte construída. Foi patético ver, na semana seguinte à derrota, a enorme quantidade de artigos de jornais com dezenas de explicações para nosso insucesso e para a vitória dos germânicos. A questão fundamental que fica diante daqueles que previram o que já tinha ocorrido é: se sabiam de tudo isso, por que não escreveram antes da goleada de 7 a 1? Por que esperaram que a tragédia acontecesse, para só então compartilhar publicamente seu saber?
Muitos disseram que a administração de nosso futebol está inteiramente errada, que a CBF é uma instituição do passado, carcomida, sem métodos modernos de gerenciamento. Esquecem que, até 12 anos atrás, essa mesma instituição levou a seleção (se é que realmente ela que fez isso) a três finais consecutivas de Copa do Mundo: 1994, 1998 e 2002. Não creio que uma instituição se torne desatualizada em somente 12 anos. Entidades, empresas, sistemas políticos e econômicos levam muito mais tempo para ficarem ultrapassados. A Igreja Católica, por exemplo, depois de milênios e um grande esforço, está conseguindo ficar desatualizada.

Leia mais em: http://www.valor.com.br/cultura/3625582/copa-e-os-engenheiros-de-ponte-construida#ixzz3E4dKKkSd