Quando Marina Silva foi escolhida candidata a vice na chapa de Eduardo Campos, tive a oportunidade de publicar um artigo nesta coluna cujo título era “Vice é Rubinho Barrichello”. Tratava-se de uma referência ao fato de que o vice não importa diretamente para o eleitor. Em minha argumentação, sustentada por dados, previa que Marina não teria a capacidade de levar votos para Eduardo Campos. Isto acontece porque os eleitores não votam por conta de apoios políticos. Marina de vice não é o mesmo que Marina na cabeça de chapa. Tanto isso é verdade que, agora que Marina foi alçada à condição de candidata a presidente, a intenção de voto em seu nome é bem maior que a de Eduardo Campos. A lição é simples: vota-se em Marina, mas não se vota no candidato apoiado por ela.
Outra lição pode ser retirada da subida meteórica de Marina nas intenções de voto: a absoluta irrelevância das máquinas políticas e do apoio dos políticos. Acreditar na força eleitoral do apoio de políticos é uma forma de pensamento mágico. A liderança de Marina nas pesquisas de intenção de voto para o segundo turno ocorreu sem que ela tenha tido sequer um mísero apoio de um governador de Estado, senador, deputado ou de qualquer máquina política partidária. Nem mesmo o apoio oficial do PSB aconteceu antes que ela tivesse alcançado a liderança, quando seu nome era confrontado com o de Dilma.
Leia mais em: http://www.valor.com.br/cultura/3663268/marina-e-lula-de-saias#ixzz3E4h9WM2E