11 jul, 2014

Sem complexo de vira-latas

Não é fácil escrever no dia seguinte à maior derrota de nossa seleção. Mas vamos lá. Como (quase) sempre, contra a corrente: o Brasil deveria se candidatar, em breve, a sediar novamente a Copa do Mundo. O México esperou somente 16 anos para sediar duas Copas, em 1970 e 1986. Na época, havia o revezamento […]

Não é fácil escrever no dia seguinte à maior derrota de nossa seleção. Mas vamos lá. Como (quase) sempre, contra a corrente: o Brasil deveria se candidatar, em breve, a sediar novamente a Copa do Mundo. O México esperou somente 16 anos para sediar duas Copas, em 1970 e 1986. Na época, havia o revezamento entre a Europa e a América Latina – a Colômbia, que seria a sede, desistira pouco tempo antes. A Alemanha esperou 32 anos para ser sede de duas Copas: 1974 e 2006. Os Estados Unidos foram sede em 1994 e perderam para o Catar a disputa de 2022. Se tivessem ganho, seriam sede de duas Copas em um intervalo de 28 anos. A França esperou 60 anos para sediar duas Copas e a Itália, 56 anos. Nós, brasileiros, habitantes do país do futebol, esperamos 64 anos para realizar duas Copas. Trata-se de um verdadeiro absurdo.

O sucesso da Copa realizada no Brasil foi enorme. Quem disse isso, para aqueles que consideram que “santo de casa não faz milagres”, foram os estrangeiros – a imprensa internacional, os jogadores das mais diversas seleções, autoridades públicas de outros países. Um dos mais interessantes depoimentos foi de Simon Kuper, em artigo originalmente publicado no prestigioso jornal de negócios “Financial Times”. Kuper é coautor de um livro sobre futebol de enorme sucesso, “Soccernomics”, e acompanha pessoalmente as Copas desde 1990. Quanto a isto, ele afirmou: “Das sete Copas do Mundo a que assisti desde 1990, esta é a melhor”.

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